E boa entrevista do Touraine ontem,no P2. para o debate com a «esquerda» bismarckiana, a diferença entre vítimas e actores sociais não itneressa, porém..
A entrevista é boa, mas é um bocado "as good as it gets". Acho que ele se engana redondamente nessa conversa do fim do "social" (e do político?), e ainda não consegui perceber porque é que as mulheres são o sujeito da história, que é a grande tese dele de momento (o resto não tem grande originalidade). Tenho que ler o seu ultimo livro sobre este tema livro, mas depois de ter lido os outros anteriores estou um pouco cansado do mesmo discurso.
No que toca à outra discussão, ele diz: «Em França objectaram-me: para sair do liberalismo é preciso antes entrar nele... A questão é: é preciso submetermo-nos a algo que é o mais impessoal, mesmo que o consideremos o mais racional, o mercado? Pessoalmente, acho que "basta!". Os Estados começam a preocupar-se com as suas economias nacionais. Vamos abrir as portas aos chineses, aos indianos? Os alemães receiam por exemplo perder os bancos. Julgo que se não tivermos isto em conta, as culturas, as línguas, desaparecerão.»
Aqui, Touraine não diz nada de muito diferente dos "anti-globalização". E contradiz-se a ele próprio, achando que o "social" morreu.
O resto - a subjectivação, a procura do individual, do privado, etc., já faz indústria sociológica e mediatica há pelo menos década e meia.
'You know, there’s this great story, of Olaf Palme going to see Ronald Reagan in America, and Olaf Palme was the great Swedish social democratic Prime Minister, leading the campaigns against poverty and inequality, and he went to see Ronald Reagan in the White House. Before he saw Ronald Reagan, Reagan turned to his advisors, and he said, ‘Isn’t this man a Communist?’ And Ronald Reagan’s advisors said, 'No, Mr President, he’s an Anti-Communist'. And Ronald Reagan said, 'I don’t care what kind of Communist he is'.But Ronald Reagan asked Olaf Palme, ‘What do you really believe? Do you believe in abolishing the rich?’ And he said, ‘No, I believe in abolishing the poor.’Gordon Brown
"What thoughtful rich people call the problem of poverty, thoughtful poor people call with equal justice a problem of riches".
Richard H. Tawney
«Governments, the economy, schools, everything in society, are not for the benefit of the privileged minorities. We can look after ourselves. It is for the benefit of the ordinary run of people, who are not particularly clever or interesting (unless, of course, we fall in love with one of them), not highly educated, not successful or destined for sucess, in fact, nothing very special. It is for the people who, throughout history, have entered history outside their neighbourhoods as individuals only in the records of their births, marriages and deaths. Any society worth living in is one designed for them, not for the rich, the clever, the exceptional, although any society worth living in must provide for our personal benefit. A world that claims that this is its purpose is not a good world, and ought not to be a lasting one».Eric Hobsbawn
«One task of politics is surely to shape social conditions and institutions so that people behave honestly, because they believe that the basic structure of their society is just»Jon Elster
3 comments:
E boa entrevista do Touraine ontem,no P2. para o debate com a «esquerda» bismarckiana, a diferença entre vítimas e actores sociais não itneressa, porém..
A entrevista é boa, mas é um bocado "as good as it gets". Acho que ele se engana redondamente nessa conversa do fim do "social" (e do político?), e ainda não consegui perceber porque é que as mulheres são o sujeito da história, que é a grande tese dele de momento (o resto não tem grande originalidade). Tenho que ler o seu ultimo livro sobre este tema livro, mas depois de ter lido os outros anteriores estou um pouco cansado do mesmo discurso.
No que toca à outra discussão, ele diz:
«Em França objectaram-me: para sair do liberalismo é preciso antes entrar nele... A questão é: é preciso submetermo-nos a algo que é o mais impessoal, mesmo que o consideremos o mais racional, o mercado? Pessoalmente, acho que "basta!". Os Estados começam a preocupar-se com as suas economias nacionais. Vamos abrir as portas aos chineses, aos indianos? Os alemães receiam por exemplo perder os bancos. Julgo que se não tivermos isto em conta, as culturas, as línguas, desaparecerão.»
Aqui, Touraine não diz nada de muito diferente dos "anti-globalização". E contradiz-se a ele próprio, achando que o "social" morreu.
O resto - a subjectivação, a procura do individual, do privado, etc., já faz indústria sociológica e mediatica há pelo menos década e meia.
pois, de acordo no essencial, aquilo das mulheres é forçado e inútil. O bem apanhado foi mesmo a diferença entre actores e vítimas
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