O artigo do Lind é anglo-americano, na Europa a história teria de ser mais longa, mas OK. e qq modo, no PS isto não é novo, lemro-me, apra dar só um exemplo, de o C Zorrinho escrever que é necessário trazer o centro apra a Esquerda (há já alguns anos, no tempo de Ferro, creio). E, sociologicamente, Portugal tem o centro à Esquerda, muitas vezzes o que sucede é as vozes mais audíveis desse cento-esquerda serem as menos representativas, a esquerda menos esquerda e mais filototalitarista...Ao contrário do homenageado na «agenda» do psot seguinte.
Qual é a evidÊncia? Se nos EUA se coloca em questão o sistema de saúde público, a viabilidade da segurança social. Quando a concorrência orçamental entre o financiamento da política externa e as políticas sociais estão a produzir um vencedor: A inflação e a desvalorização da moeda.
Nos EUA as coisas vão mudar. Entretanto na Europa de Leste gaham força governos liberais.
Alemanha e França vÊm os governos mais à direita que me lembro a governar.
Parece que esta tendência é mais wishfull thinking de Lind do que outra coisa...
Ricardo, às vezes as coisas não são bem o que parecem. Muitas vezes questionar a viabilidade da segurança social não é um caminho para a destruir, mas para encontrar mecanismos garantir a sua sustentabilidade futura. A decisão é, nestas bifurcações, política. Vamos ver quem ganha as próximas eleições e se se reequilibram as prioridades orçamentais.
A Europa de Leste acabou de chegar à União Europeia, vamos ver o impacto desta - das suas instituições, da sua cultura política, das aspirações nos seus cidadãos que entretanto circulam pela Europa fora e testemunham a importância das políticas sociais na protecção das pessoas, etc.. Talvez entre os velho comunismos e os liberais falte aparecer uma alternativa social-democrata credível em vários desses países. Mas é sempre muito difícil esquecer o passado.
Quanto a Alemanha e a França: depende o que entende por "governar à direita". Estes países tÊm uma série de arranjos sociais de cariz bismarkiano que protegem certos grupos e ajudavam, mesmo que indirectamente, a excluir outros. Um "desmantelar" de certos mecanismos de protecção está longe de significar o desmantelar dos sistemas de protecção social - para além de que qualquer processo de reforma é lento. É preciso esperar. A popularidade dos Estados sociais continua, nestes países, alta como sempre. Governar "à direita" - repito, seja o lá o que isso for - na Alemanha e na França pode significar, num certo sentido, governar mais à esquerda do que é prática nos EUA.
'You know, there’s this great story, of Olaf Palme going to see Ronald Reagan in America, and Olaf Palme was the great Swedish social democratic Prime Minister, leading the campaigns against poverty and inequality, and he went to see Ronald Reagan in the White House. Before he saw Ronald Reagan, Reagan turned to his advisors, and he said, ‘Isn’t this man a Communist?’ And Ronald Reagan’s advisors said, 'No, Mr President, he’s an Anti-Communist'. And Ronald Reagan said, 'I don’t care what kind of Communist he is'.But Ronald Reagan asked Olaf Palme, ‘What do you really believe? Do you believe in abolishing the rich?’ And he said, ‘No, I believe in abolishing the poor.’Gordon Brown
"What thoughtful rich people call the problem of poverty, thoughtful poor people call with equal justice a problem of riches".
Richard H. Tawney
«Governments, the economy, schools, everything in society, are not for the benefit of the privileged minorities. We can look after ourselves. It is for the benefit of the ordinary run of people, who are not particularly clever or interesting (unless, of course, we fall in love with one of them), not highly educated, not successful or destined for sucess, in fact, nothing very special. It is for the people who, throughout history, have entered history outside their neighbourhoods as individuals only in the records of their births, marriages and deaths. Any society worth living in is one designed for them, not for the rich, the clever, the exceptional, although any society worth living in must provide for our personal benefit. A world that claims that this is its purpose is not a good world, and ought not to be a lasting one».Eric Hobsbawn
«One task of politics is surely to shape social conditions and institutions so that people behave honestly, because they believe that the basic structure of their society is just»Jon Elster
3 comments:
O artigo do Lind é anglo-americano, na Europa a história teria de ser mais longa, mas OK. e qq modo, no PS isto não é novo, lemro-me, apra dar só um exemplo, de o C Zorrinho escrever que é necessário trazer o centro apra a Esquerda (há já alguns anos, no tempo de Ferro, creio). E, sociologicamente, Portugal tem o centro à Esquerda, muitas vezzes o que sucede é as vozes mais audíveis desse cento-esquerda serem as menos representativas, a esquerda menos esquerda e mais filototalitarista...Ao contrário do homenageado na «agenda» do psot seguinte.
Será assim?
Só porque Lind o diz?
Qual é a evidÊncia? Se nos EUA se coloca em questão o sistema de saúde público, a viabilidade da segurança social. Quando a concorrência orçamental entre o financiamento da política externa e as políticas sociais estão a produzir um vencedor: A inflação e a desvalorização da moeda.
Nos EUA as coisas vão mudar. Entretanto na Europa de Leste gaham força governos liberais.
Alemanha e França vÊm os governos mais à direita que me lembro a governar.
Parece que esta tendência é mais wishfull thinking de Lind do que outra coisa...
Carlos, de acordo.
Ricardo, às vezes as coisas não são bem o que parecem. Muitas vezes questionar a viabilidade da segurança social não é um caminho para a destruir, mas para encontrar mecanismos garantir a sua sustentabilidade futura. A decisão é, nestas bifurcações, política. Vamos ver quem ganha as próximas eleições e se se reequilibram as prioridades orçamentais.
A Europa de Leste acabou de chegar à União Europeia, vamos ver o impacto desta - das suas instituições, da sua cultura política, das aspirações nos seus cidadãos que entretanto circulam pela Europa fora e testemunham a importância das políticas sociais na protecção das pessoas, etc.. Talvez entre os velho comunismos e os liberais falte aparecer uma alternativa social-democrata credível em vários desses países. Mas é sempre muito difícil esquecer o passado.
Quanto a Alemanha e a França: depende o que entende por "governar à direita". Estes países tÊm uma série de arranjos sociais de cariz bismarkiano que protegem certos grupos e ajudavam, mesmo que indirectamente, a excluir outros. Um "desmantelar" de certos mecanismos de protecção está longe de significar o desmantelar dos sistemas de protecção social - para além de que qualquer processo de reforma é lento. É preciso esperar. A popularidade dos Estados sociais continua, nestes países, alta como sempre. Governar "à direita" - repito, seja o lá o que isso for - na Alemanha e na França pode significar, num certo sentido, governar mais à esquerda do que é prática nos EUA.
Hugo
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