Tuesday, December 11, 2007

A ler

"Quando o centro vira à esquerda", pelo Pedro Adão e Silva no "Diário Económico" de hoje.

3 comments:

CLeone said...

O artigo do Lind é anglo-americano, na Europa a história teria de ser mais longa, mas OK. e qq modo, no PS isto não é novo, lemro-me, apra dar só um exemplo, de o C Zorrinho escrever que é necessário trazer o centro apra a Esquerda (há já alguns anos, no tempo de Ferro, creio). E, sociologicamente, Portugal tem o centro à Esquerda, muitas vezzes o que sucede é as vozes mais audíveis desse cento-esquerda serem as menos representativas, a esquerda menos esquerda e mais filototalitarista...Ao contrário do homenageado na «agenda» do psot seguinte.

Ricardo G. Francisco said...

Será assim?

Só porque Lind o diz?

Qual é a evidÊncia? Se nos EUA se coloca em questão o sistema de saúde público, a viabilidade da segurança social. Quando a concorrência orçamental entre o financiamento da política externa e as políticas sociais estão a produzir um vencedor: A inflação e a desvalorização da moeda.

Nos EUA as coisas vão mudar. Entretanto na Europa de Leste gaham força governos liberais.

Alemanha e França vÊm os governos mais à direita que me lembro a governar.

Parece que esta tendência é mais wishfull thinking de Lind do que outra coisa...

Hugo Mendes said...

Carlos, de acordo.

Ricardo, às vezes as coisas não são bem o que parecem. Muitas vezes questionar a viabilidade da segurança social não é um caminho para a destruir, mas para encontrar mecanismos garantir a sua sustentabilidade futura. A decisão é, nestas bifurcações, política. Vamos ver quem ganha as próximas eleições e se se reequilibram as prioridades orçamentais.

A Europa de Leste acabou de chegar à União Europeia, vamos ver o impacto desta - das suas instituições, da sua cultura política, das aspirações nos seus cidadãos que entretanto circulam pela Europa fora e testemunham a importância das políticas sociais na protecção das pessoas, etc.. Talvez entre os velho comunismos e os liberais falte aparecer uma alternativa social-democrata credível em vários desses países. Mas é sempre muito difícil esquecer o passado.

Quanto a Alemanha e a França: depende o que entende por "governar à direita". Estes países tÊm uma série de arranjos sociais de cariz bismarkiano que protegem certos grupos e ajudavam, mesmo que indirectamente, a excluir outros. Um "desmantelar" de certos mecanismos de protecção está longe de significar o desmantelar dos sistemas de protecção social - para além de que qualquer processo de reforma é lento. É preciso esperar. A popularidade dos Estados sociais continua, nestes países, alta como sempre. Governar "à direita" - repito, seja o lá o que isso for - na Alemanha e na França pode significar, num certo sentido, governar mais à esquerda do que é prática nos EUA.

Hugo