De um take da Lusa:
«Quanto ao modelo de gestão escolar hoje anunciado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, Menezes defendeu que é a cópia "de forma atabalhoada" e "sem imaginação" do que "o PSD defende há muito tempo, há meia dúzia de anos, de forma concreta há quase três anos". (...) "Nove anos e meio depois, vem o PS encaminhar-se no sentido de princípios que são defendidos pelo PSD. Isso lisonjeia-nos mas achamos que é um bocadinho tarde", concluiu.»
Para o PSD, parece que a política é um affair de direitos de autor. Se o PSD defende estes princípios, porque não os traduziu em letra de lei? Talvez porque defender princípios é fácil, mas um pouco mais arriscado é mesmo legislar, não?
E não se venha dizer que agora os defende de forma 'concreta' há quase 3 anos; só os 'concretizaram' a partir do momento em que saíram do Governo, não é? Que conveniente.
Em vez de reconhecer o consenso transpartidário que parece existir nesta matéria - e não fica mal ao PS dizer que chegou tarde a ele; a isto chama-se 'aprendizagem' -, reconhecendo a ineficácia do modelo de gestão das escolas que vigorava até aqui, o PSD resolve fazer uma birra.
Quando é Governo não muda as propostas, é porque é 'teimoso', 'autista', 'autoritário', 'ditatorial', etc.; quando subscreve abordagens defendidas há mais tempo por outros partidos, é porque lhes 'copia' as propostas, é 'frágil', e não tem 'estratégia política'.
Se precisarem de um powerpoint para explicar como isto se insere na estratégia política global para o sector da educação, a gente também faz. É difícil a vida na oposição.
Tuesday, December 11, 2007
«Mãe, roubaram-me o chocolate!»
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