
Os dados já são antigos, na maioria com cerca de 20 anos, oriundos do International Social Survey Program* (mas as atitudes e opiniões das pessoas não mudam rapidamente nestas questões, e o grau de consistência ao longo de tempo é assinálavel), mas mostram a diferente tolerância das populações de 8 países em relação às desigualdades salariais (a partir da resposta à pergunta «quanto acha é que o ---- devia ganhar?»). A base 100 corresponde ao salário de um operário fabril pouco qualificado. Vemos como em países como a Noruega ou a Suécia a diferença máxima aceitável entre o operário e um gestor de uma grande empresa é inferior a 2 vezes e meia, no EUA as pessoas aceitam que este último ganhe mais de 11 vezes o salário do operário! Dos países europeus, é a Alemanha que mais se aproxima - apesar da enorme distância - da tolerância dos norte-americanos às desigualdades.
* Quadro retirado de Stefan Svallfors, "Worlds of Welfare and Attitudes to Redistribution: A Comparison of Eight Western Nations", in "European Sociological Review", 13 (3), 1997, pp.283-304.