Pois, como tambem espantosamente se exagera em nabices: inaugurar equipamentos quando as escolas acabam de fechar ou trazer excursionistas da provincia para festas eleitorais em Lisboa. isto é o menos grave, de resto. Se bem te lembras, a minha objecção a uma lei do tabaco que apela à denúncia não era só por ser desncessária, mas por ser civicamente um incentivo ao uso livre de meios de poder profissional e/ou pessoal para fins inconfessáveis - os episodios DREN e com o ministro da Saúde mostram bem como essa atitude, velha como o país, se cola à pele de quem não se demarca dela e agora há que aturar lições de moral de quem nem sabe o que isso é - isto da escola informatizada é o menos...
Sim, sem dúvida, só acho ser necessário separar as coisas. Isto dos miúdos contratados é um "fait divert" e qualquer comparação com a mocidade portuguesa só fica mal à integridade intelectual (se é que isto ainda conta para alguma coisa) de quem a faz.
Já questões como a lei do tabaco ou da DREN são de índole e seriedade (a primeira) ou gravidade (a segunda) diferente. Apenas digo que é bom não meter tudo no mesmo saco, e tratar e discutir com seriedade aquilo que merece sê-lo. Os "fait-divers" não acho que mereçam grande discussão.
De qualquer forma, a imagem, mesmo que no plano do "fait-divert", deve ser cuidada para que sejam evitadas coisas ridículas como os tais excusionistas da província. E nesse plano, há muitos avanços por fazer, é certo.
'You know, there’s this great story, of Olaf Palme going to see Ronald Reagan in America, and Olaf Palme was the great Swedish social democratic Prime Minister, leading the campaigns against poverty and inequality, and he went to see Ronald Reagan in the White House. Before he saw Ronald Reagan, Reagan turned to his advisors, and he said, ‘Isn’t this man a Communist?’ And Ronald Reagan’s advisors said, 'No, Mr President, he’s an Anti-Communist'. And Ronald Reagan said, 'I don’t care what kind of Communist he is'.But Ronald Reagan asked Olaf Palme, ‘What do you really believe? Do you believe in abolishing the rich?’ And he said, ‘No, I believe in abolishing the poor.’Gordon Brown
"What thoughtful rich people call the problem of poverty, thoughtful poor people call with equal justice a problem of riches".
Richard H. Tawney
«Governments, the economy, schools, everything in society, are not for the benefit of the privileged minorities. We can look after ourselves. It is for the benefit of the ordinary run of people, who are not particularly clever or interesting (unless, of course, we fall in love with one of them), not highly educated, not successful or destined for sucess, in fact, nothing very special. It is for the people who, throughout history, have entered history outside their neighbourhoods as individuals only in the records of their births, marriages and deaths. Any society worth living in is one designed for them, not for the rich, the clever, the exceptional, although any society worth living in must provide for our personal benefit. A world that claims that this is its purpose is not a good world, and ought not to be a lasting one».Eric Hobsbawn
«One task of politics is surely to shape social conditions and institutions so that people behave honestly, because they believe that the basic structure of their society is just»Jon Elster
4 comments:
e no entanto algo foi mal feito, como já se disse (p ex no blogexisto)...
Acho que se está a exagerar espantosamente...
Pois, como tambem espantosamente se exagera em nabices: inaugurar equipamentos quando as escolas acabam de fechar ou trazer excursionistas da provincia para festas eleitorais em Lisboa. isto é o menos grave, de resto. Se bem te lembras, a minha objecção a uma lei do tabaco que apela à denúncia não era só por ser desncessária, mas por ser civicamente um incentivo ao uso livre de meios de poder profissional e/ou pessoal para fins inconfessáveis - os episodios DREN e com o ministro da Saúde mostram bem como essa atitude, velha como o país, se cola à pele de quem não se demarca dela e agora há que aturar lições de moral de quem nem sabe o que isso é - isto da escola informatizada é o menos...
Sim, sem dúvida, só acho ser necessário separar as coisas. Isto dos miúdos contratados é um "fait divert" e qualquer comparação com a mocidade portuguesa só fica mal à integridade intelectual (se é que isto ainda conta para alguma coisa) de quem a faz.
Já questões como a lei do tabaco ou da DREN são de índole e seriedade (a primeira) ou gravidade (a segunda) diferente.
Apenas digo que é bom não meter tudo no mesmo saco, e tratar e discutir com seriedade aquilo que merece sê-lo. Os "fait-divers" não acho que mereçam grande discussão.
De qualquer forma, a imagem, mesmo que no plano do "fait-divert", deve ser cuidada para que sejam evitadas coisas ridículas como os tais excusionistas da província. E nesse plano, há muitos avanços por fazer, é certo.
Post a Comment