Parece que Sarkozy resolveu aumentar o seu salário em 140%: de 8400 euros/mês para 19330 euros/mês. O aumento é brutal, é verdade. De qualquer forma, 8400 era um valor ridículo, e 19330 coloca pelo menos a França na linha da norma europeia/internacional, pelo menos no que aos países mais ricos diz respeito (o primeiro-ministro irlandês Bertie Ahern ganha 25830 euros/mês e é o mais bem pago; G.W.Bush ganha 23000, sensivelmente o mesmo que Angela Merkel; Gordon Brown recebe 22470; Romano Prodi aufere 16370, e Fredrik Reinfeldt , o primeiro-ministro sueco, 13700). Talvez o aumento de Sarkozy caia mal publicamente, ainda por cima em clima de elevada conflitualidade sindical, mas os cargos políticos devem ter salários condignos. Caso contrário, só se atraem os medíocres - e uma política feita por medíocres dificilmente deixa de ser uma política medíocre.
A mesmíssima mensagem vale para Portugal. Um ministro ganha pouco mais de 4000 euros. Um professor auxiliar numa universidade nao ganhará muito menos; e um quadro de topo numa empresa pode ganhar mais, muito mais. Quando assim é, para quê vir para a política e entregar-se a uma missão de serviço público, quando se ganha mal e isso traz imensas chatices, do jornalismo incompetente à oposição demagógica, entre outras irracionalidades inerentes à vida das organizções e instituições?
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